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É isso mesmo, depois de 15 dias de férias voltamos aos treinos! Claro, não estamos treinando na mesma intensidade conforme era durante a preparação para a Prova na Rússia, mas o empenho é o mesmo.
Para "comemorarmos" essa volta aos treinos resolvemos fazer um trajeto novo e noturno! Sim, nesse período de inverno aqui em Porto Alegre, 17:30h já é noite, e como nosso tempo livre para treinar é bem após esse horário fomos nos aventurar na noite mesmo! 
O trajeto é bem interessante, largamos das imediações da Rua Santana, próximo ao Parque da Redenção, e seguimos em direção a Usina do Gasômetro. Nesse trajeto cruzamos com cerca de 5 outros loucos por corrida, já que durante o dia tinha chovido bastante, e como já era passada das 20 horas estava bem frio, e o povo a essa hora já ta pronta para ir pro berço.
Mas somos fortes, corremos na Rússia ora, rssss. Seguimos pelo Gasômetro em direção da Av. Independência, trajeto com diversas subidas, e muito ingrimes, já que esse percurso passa em meio ao Centro de Porto Alegre. Literalmente costuramos o Centro!  =) Passamos pela Casa de Cultura Mario Quintana, e também pela Praça da Alfândega. Chegando na Av. Independência seguimos até o Parcão ( Moinhos de Vento ), e pegamos a Av,. Goethe em direção a Av. Protásio Alves, onde retornamos ao Parque da Redenção finalizando o percurso.  Vocês podem acompanhar o percurso, tempo, etc... através do link: http://connect.garmin.com/activity/100187603 
Mas só treinar não vale, queremos Provas para competir! E é por isso que eu (Reck) e o Evérton já estamos inscritos para a 2ª Etapa da POA Day Run, que acontecerá no dia 14 de Agosto. E como a proposta da POA Day Run é a cada etapa irmos aumentando a distância percorrida, pensamos e decidimos, é isso mesmo que faremos, vamos correr os 16km da prova, já que na 1ª Etapa corremos os 10km como de praxe! 

É isso ai! Que venham os treinos e os 16km! O Caminho é longo!

#Go4Russia!

Por Henrique RECK Farias

 
Acabou. Rápido assim foi toda a aventura que por meses alimentamos na nossa imaginação como seria.
O post está meio atrasado, mas realmente não foi possível escrever durante a viagem. Podemos dizer que a viagem como um todo foi bastante corrida. De qualquer forma, aqui está um feedback, não muito breve, de algumas coisas que passamos e características de locais que visitamos. São incontáveis experiências, situações inesperadas e aprendizados, que é difícil relatar em algumas palavras.
A cada pessoa com quem conversamos surgem novas perguntas, novas respostas e assim nos damos conta de quão grande foi o aprendizado de uma viagem combinada do dia para a noite. Agora sim, em ordem cronológica, um pouco dos lugares e situações que experimentamos!

VIAGEM DE IDA
A ida a Rússia, Bálticos e Finlândia foi de certa forma tensa. Os dias que antecederam a viagem tiveram ápices da erupção do vulcão chileno Puyehue, que chegaram a fechar o espaço aéreo de Porto Alegre. Fizemos planos A, B e C, mas no final, felizmente, conseguimos ir de avião a São Paulo para o início de nossas férias.
O primeiro fato marcante foi no check-in do vôo para Madri, onde um grupo de pessoas nos viu com a camiseta do go4russia e comentou entre eles "olha só, eles são maratonistas!". Muito bom, enchemos o peito, fizemos de conta que éramos atletas, mas não durou muito tempo. Alguns minutos mais tarde, "bebemorando" o início da jornada, o mesmo grupo estava sentado ao nosso lado no bar do aeroporto. Enfim, ficamos sem moral.
Depois de várias horas de vôo e bastante expectativa, chegamos em Moscou. Inicialmente foi uma bagunça para fazer a imigração, com muita gente desrespeitando as filas, mas tudo deu certo tranquilamente quando chegamos a cabine da imigração. Durmimos no aeroporto e pegamos o trem no dia seguinte para outro aeroporto da cidade, onde tínhamos o vôo para Vilnius, na Lituânia. A primeira impressão de Moscou foi de um povo fechado, que só fala russo (no Brasil, dentro do trem, creio que poucos falariam inglês também). Com alguns apontamentos e mímicas conseguimos pegar um ônibus e chegar ao aeroporto esperado. Foi uma pequena aventura, mas conquistamos o objetivo!
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PAÍSES BÁLTICOS (Lituânia, Letônia e Estônia)
Os países bálticos são costeados pelo Mar Báltico e tem uma característica bastante similar. Todas capitais tem tanto a área urbana quanto a parte histórica da cidade. As conhecidas "Old Town" são muito parecidas, com muitas igrejas, monumentos, praças e jardins. O centro das 3 capitais (Vilnius, Riga e Talin) são reconhecidas como patrimônio histórico da UNESCO pelo seu legado.

LITUÂNIA
Vilnius, na Lituânia, foi o primeiro local visitado. Calma e tranqüila, pudemos caminhar bastante pela cidade e ver os principais pontos turísticos no primeiro dia. No dia seguinte fizemos uma caminhada guiada (walking tour) com uma moça que mora na cidade e que nos apresentou um pouco da sua visão sobre a mesma. Essa caminhada é interessante, pois não passa somente nos pontos turísticos comumente visitados. Vimos uma parte de Vilnius chamada Uzupio, que é uma república imaginária dentro da cidade, com constituição e normas cômicas, mas com um ar encantador. Nessa parte da cidade visitamos um parque com vista panorâmica da cidade, que não conheceríamos caso não tivéssemos feito essa caminhada.

Na saída da Lituânia alugamos um carro para subir pelos bálticos em direção ao norte. De qualquer forma, antes de sair passamos em Trakai, uma pequena cidade a 30 Km de Vilnius, onde encontra-se o castelo da ilha de Trakai (Trakai Island Castle), bastante imponente e belo. Infelizmente não conseguimos entrar nele, pois chegamos depois do horário de visitação, de qualquer forma velejamos pelo lago Galve, depois de uma discussão bastante engraçada com um nativo que falava somente na língua local.

A noite, por volta das 20 horas, saímos em direção a Riga, há uns 250 quilômetros de distância. Merenda a bordo, fizemos uns sanduíches no carro para ir comendo no caminho. 

Ficamos impressionados com o pôr do sol, por volta das 22 horas. Nada de estranho, pois estávamos a caminho do norte na época do solstício.

Ao entrar em solo da Letônia, uma pequena surpresa. Fomos parados por um policial, dizendo que estávamos acima do limite de velocidade. Ninguém sabe ainda se isso era verdade ou não, o que sabemos é que ao conversar e escutar que seríamos multados e que a multa custaria 30 euros se paga no banco e 20 euros se paga ao policial, nos pareceu que havia um interesse não muito "cordial". Conversa vai, conversa vem, o guardinha nos deu uma chance, frisou que era para andar a 50 Km/h em zonas urbanas e 80 Km/h no restante da rodovia e, de cara meio amarrada, nos mandou seguir adiante. Passamos bem pelo teste!
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LETÔNIA
Riga, assim como Vilnius, é muito bonita. Participamos mais uma vez da caminhada guiada, dessa vez com um grupo maior que tinha pessoas de vários locais do mundo e que ao final do passeio se reuniu em um bar pra descontrair um pouco. Fomos ao mercado público, comemos algumas comidas típicas do mercado (um doce russo cor de rosa que parecia açúcar puro, um filé de peixe cru que parecia sardinha e por fim um queijo com gergelim).

Nossa guia nos comentou que a Letônia não passa por uma situação econômica muito favorável, mas ao visitar o país isso não fica nem um pouco claro. Chega a ser difícil de acreditar.

Nas ruas de Riga encontramos muitos artistas locais tocando instrumentos pelas praças, muitas vezes de forma hipnotizante com seu trombones, saxofones entre outros instrumentos de sopro.

A noite participamos de um pub crawl, onde, acredite ou não, entramos em um bar e escutamos um funk da Tati Quebra Barraco. Foi no mínimo engraçado escutar um comentário explicativo dizendo que era "Tati Break the House".

No dia seguinte saímos as 7 horas da manhã em direção a Talin, na Estônia. O GPS nos guiou por rotas alternativas, mas depois de várias horas completamos os 300Km de distância que separam as duas cidades, chegando em Talin perto do meio dia.
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ESTÔNIA
Em Talin encontramos uma cidade com uma cara mais urbanizada, onde a parte histórica não parece ter as fronteiras tão longe da área antiga. Ainda de carro, aproveitamos para conhecer alguns lugares mais longes da "Old Town". Fomos a Pirita Beach, onde fazia uns 15ºC, e vimos uns malucos entrar no mar gelado. Talvez para eles essa época não esteja tão gelado assim.

Passamos pelo porto de onde os navios partem para Helsinki e Estocolmo e presenciamos duas ocasiões um pouco decepcionantes. Primeiramente, passando pelos corredores cheios de lojas do porto, fomos perguntados se não gostaríamos de prostitutas. Já havíamos sido avisados que Talin está ficando conhecida por turismo sexual. Nem havia passado o choque direito e, ao visitar um monumento soviético ao lado do porto, fomos questionados por um cidadão com voz baixa, se queríamos ecstasy. A primeira impressão de Talin foi muito sinistra.

Passado o choque, visitamos a parte antiga da cidade, como já havíamos feito em Vilnius e Riga, porém dessa vez não chegamos a tempo da caminhada guiada, infelizmente. A parte antiga é muito bela e aconchegante, com várias escadarias e lombas, já que não é tão plana quanto Vilnius e Riga. Existem locais que permitem uma visão panorâmica da cidade, permitindo distinguir o contraste do velho e do novo.

Ao meio dia nos direcionamos ao porto novamente para pegar o Ferry Boat para Helsinki, na Finlândia.
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FINLÂNDIA
Eram 13 horas quando o barco deixou Talin para atravessar o Golfo da Finlândia em direção a Helsinki. O Ferry Boat pode ser até chamado um navio de cruzeiro, com 10 andares, contando com lojas, restaurantes, cassino, casas de shows etc. A viagem de 3 horas e meia nele não pareceu tão longa.

Chegando na Finlândia de barco enxergamos Helsinki de longe, parecendo uma cidade bastante urbana.

A hospitalidade logo nos chamou a atenção. Estávamos parados em frente ao porto com o mapa na mão, quando um senhor andando em sua bicicleta vem ao nosso encontro perguntar se gostaríamos de ajuda. Muito educado, nos deu as coordenadas que precisávamos seguir e nos desejou uma boa estada na cidade.

Em pouco mais de 24 horas que tivemos na cidade, visitamos vários pontos turísticos, como a Senate Square (escolhida por alguns sites como uma das 10 quadras mais belas da europa), a estação de trem, o mercado público entre outros. Acabamos visitando também a ilha de Suomenlinna, imperdível para quem está por lá. Mais um local tombado como patrimônio da UNESCO, a ilha tem fortes que protegeram a Finlândia de invasões soviéticas e da Suécia. A ilha é bastante grande  e bonita e conta com lugares onde é possível enxergar o centro de Helsinki.

No final do dia o destino era diferente. Estávamos indo para a Rússia, dessa vez para ficar. Aeroporto de Helsinki e tudo "on time", como notamos que acontece por lá. É impressionante a pontualidade na cidade.
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RUSSIA
Chegamos em São Petersburgo. A imigração dessa vez foi bastante organizada.

Pegamos uma van e depois o trem. Caminhamos por umas ruas meio erradas, nos acostumando ainda com o cirílico (alfabeto russo), e encontramos finalmente o hostel, bastante perto da Nevsky Prospect, a avenida principal da cidade.

São Petersburgo é uma cidade com cerca de 5 milhões de habitantes, muito turística. Existem inúmeros pontos para visitação, que para quem gosta de caminhar, podem ser vistos ao longo de alguns quilômetros andando pela cidade.

Todas as noites contam com um um evento que não pode passar desapercebido. As pontes sobre o Rio Neva se abrem a 1 hora da madrugada, para liberar o rio para navegação. Isso é acompanhado por várias pessoas que assistem as pontes abrindo, de vez em quando ocorre até uma celebração com champagne. Por fim, outro lugar imperdível para visita são os jardins de verão do Peter (Peterhof Summer Garden), um pouco distante do centro da cidade, mas com inúmeras fontes e chafarizes, que estão ligado com o mar do Golfo da Finlândia.
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Aparte das atrações da cidade, foi nela que participamos da tão esperada corrida na Rússia. Em um dos dias confirmamos nossa inscrição, buscando o kit da corrida e interagindo com pessoas de vários lugares do mundo (italianos, taiwaneses, franceses e americanos).

No dia da corrida o percurso passou por vários dos pontos turísticos que já havíamos visitado, com mais de 2000 atletas de 35 nacionalidades. A estrutura foi montada em frente ao Hermitage e demoramos cerca de 50 minutos para completar a prova. Ao final, avistamos algumas crianças correndo que, para nossa surpresa, tinham 8 e 12 anos. Ao final da prova conversamos um pouco com o treinador da equipe, que falava orgulhoso de seus atletas num russo com algumas palavras em inglês e muitos gestos.
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Após 3 dias em São Petersburgo pegamos um trem para Moscou, onde passamos 4 dias.
Chegando em Moscou vimos outra realidade. Uma cidade muito grande (cerca de 10 milhões de habitantes), aparentando bastante riqueza, com muitos carros caros e modernos (ferrari, masserati, porche, jaguar entre muitos outros), além de prédios bastantes imponentes.

Fomos diretamente a Praça Vermelha, a principal atração de Moscou. Visitamos o Kremilin e a Praça da Vitória, o prédio da universidade, assim como várias estações de metrô, que são muito conhecidos pela arquitetura da época comunista na Rússia.
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UM PLUS NA VIAGEM
Já em clima de volta, teríamos uma espera de 10 horas no aeroporto de Madri. Mesmo cansados, decidimos sair para mais um passeio, meio fora dos planos. Fizemos um turismo de japones, mas foi muito bom conhecer um pouco de Madri. Fizemos a visita ao estádio do Real Madri (Santiago Bernabeu), ao palácio real, algumas praças e ruas. Para finalizar a viagem, fomos a um bar nos refrescar bebendo um pouco no verão europeu.
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A viagem como um todo foi muito interessante. Em praticamente todos locais visitados pudemos verificar que é muito bom e diferente ver a cidade durante o dia e durante a noite, pois o visual muda completamente dependendo da iluminação nos pontos das cidades.

É com extrema satisfação que damos um "feedback" atrasado para aqueles que nos seguiram e quiseram acompanhar um pouco dessa aventura. Se algo ficou vago no meio de tantas palavras, não hesitem em comentar. Estaremos honrados de compartilhar com todos nossa experiência.

Um grande abraço!

By go4russia